Sunday, March 23, 2008

O anjo das crianças

Conta a lenda que um anjinho que estava no céu seria enviado a terra para nascer e perguntou a Deus:

-Disseram que o senhor vai me enviar a terra amanhã. Mas como viverei sendo tão pequeno e indefeso??
- Entre muito anjos, escolhi um que está te esperando e vai cuidar de ti, respondeu Deus.
- Mas me diz, aqui no céu não faço outra coisa que cantar e sorrir, isto basta para ser feliz. Como vou entender o que as pessoas vão me falar se não conheço o estranho idioma que os homens falam???
- Teu anjo te dirá as palavras mais doces que possa escutar e com muita paciência e carinho te ensinará a falar.
- E o que farei quando quiser falar contigo?
- Teu anjo juntará tuas mãozinhas, te ensinará a rezar e aí poderás falar comigo.
- Ouvi dizer que na terra tem homens maus. Quem vai me defender??
- Teu anjo te defenderá ainda a custa da sua própria vida.
- Mas estarei sempre triste porque nao poderei mais te ver, senhor.
- Teu anjo falará sempre de mim e te ensinará o caminho para que voltes a minha presença, apesar de que eu estarei sempre a teu lado.

Nesse instante uma grande paz reinava no céu, mas já se ouviam vozes terrestres. E o bebê apressado, repetia com lágrimas em seus olhinhos e soluçando.

-Meu Deus, se já vou, me diga seu nome. Como se chama meu anjo?
- Seu nome não importa. Tu a chamarás Mamãe.

Cueiro ?

Como toda boa mãe de primeira viagem eu não tinha a menor idéia do que seria um cueiro. Depois me explicaram que era uma mantinha pra enrolar o bebê. Na maternidade o Gabs ficava no bercinho ao meu lado coberto por uma mantinha, mas não ficava enrolado. Em casa segui o mesmo método.

Hoje achei essa reportagem aqui embaixo, e achei interessante. Ja vi muito bebê enroladinho em cueiros por ai, principalmente no Brasil, mesmo com aquele calor de rachar. Me pergunto: -Mas não é muito quente ? Não usei esse método de enrolar o bebê para acalma-lo, mesmo pq o Gabs foi um RN quietinho, mas de repente é uma boa alternativa para acalmar os bebês. E você ? Fez uso do cueiro ?

Antiga técnica de enrolar bebê no cueiro ajuda a acalmá-lo e alivia cólicas

AMARÍLIS LAGE da Folha de S.Paulo

Toda mãe de primeira viagem já deve ter recebido da própria mãe, da sogra ou de qualquer outra mulher mais experiente na arte da maternidade uma dica certeira para aliviar a cólica do bebê e fazê-lo parar de chorar. Pois uma técnica muito popular há algumas décadas e esquecida pelas mães mais jovens pode, sim, ser eficaz: envolver o bebê no cueiro.

A técnica consiste em enrolar o bebê em uma mantinha, formando uma trouxinha que o mantenha imobilizado. "Eu nunca fiz, mas minha mãe e minha avó, sim. E queriam que eu fizesse também. Diziam que era mais fácil carregar o bebê com o cueiro. Até arrematavam a mantinha com fita crepe para não soltar", lembra a assistente administrativa Gisele de Moraes, 31, mãe de Lucas, 7, e de Letícia, de 25 dias.

Nos Estados Unidos, o pediatra Harvey Karp ganhou popularidade ao divulgar um método para acalmar bebês que resgata a técnica do cueiro. Em seu livro, publicado no Brasil com o título "O Bebê Mais Feliz do Pedaço" (Planeta), atualmente esgotado, ele defende que, para fazer o bebê parar de chorar, são precisos cinco passos (veja quadro abaixo), dos quais o primeiro é enrolá-lo em uma mantinha --o cueiro justinho faria com que o bebê se lembrasse da vida intra-uterina e se sentisse seguro e aquecido.

De acordo com o obstetra Luiz Fernando Leite, das maternidades Pro Matre e Santa Joana, o cueiro ajuda a diminuir as cólicas porque aquece o corpo do bebê, incluindo o intestino. Além disso, o calor remete o bebê ao ambiente do útero, no qual a temperatura costuma ser de aproximadamente 35ºC. "Imobilizada e quentinha, a criança relaxa, gasta menos energia, seu metabolismo diminui e ela fica calma", afirma Leite.

Em bebês prematuros, essa preocupação com a temperatura é ainda mais importante, já que, neles, o centro termorregulador ainda não é maduro o suficiente para manter a temperatura adequada, levando-os a ficar com o corpo mais frio. Algumas vezes, eles ficam "empacotados" mesmo dentro da incubadora. Quando atingem de 1,8 kg a 2 kg, porém, já são capazes de manter a temperatura corporal.

Segundo Fernanda Matilde Gaspar dos Santos, enfermeira encarregada da UTI neonatal da maternidade São Luís, a técnica costuma funcionar em bebês prematuros, mas nem todas as crianças reagem bem à idéia de ficar presas. "Quando o bebê está irritado, é preciso aconchegá-lo para que ele se acalme. Para alguns, ficar numa trouxinha ajuda, sim. Outros, porém, ficam ainda mais irritados. Não gostam de ser enrolados."

Ela diz que ensina aos pais a forma certa de enrolar os bebês, mas não recomenda que eles usem o cueiro em casa. "A criança tem de ficar livre para poder se movimentar", diz. Mesmo no hospital, segundo Santos, a técnica é usada em situações específicas. "Usamos só nos bebês que choram muito. Caso contrário, basta deixá-lo deitado com um lençol e uma coberta."

E, assim que o bebê se acalmar ou dormir, diz ela, é bom tirar o cueiro para que ele fique mais à vontade.

Cuidados

O cueiro não compromete o desenvolvimento motor da criança, mas é preciso tomar alguns cuidados. Um deles é manter a dobra do cueiro na altura do pescoço da criança --caso a dobra fique no alto da cabeça, por exemplo, o bebê pode "afundar" no cueiro e ter dificuldade para respirar. Outra recomendação é ficar atento à criança enquanto ela está enrolada. A fotógrafa Karime Xavier, autora das imagens dessa reportagem, conta que uma história clássica em sua família é a do dia em que ela foi parar no hospital devido ao cueiro -- com quatro meses de idade, ela se virou de bruços e, devido à manta que a imobilizava, não conseguiu levantar a cabeça para respirar.

"A idade é um fator importante", comenta Santos, da maternidade São Luís. "Com quatro meses, o bebê é muito ativo, já começa a se movimentar mais. Se estiver embrulhado e virar de bruços, não consegue desvirar ou levantar a cabeça. O cueiro pode ser utilizado para acalmar ou aquecer o bebê, nesse tipo de situação. No dia-a-dia, o melhor é deixar a criança à vontade", afirma.

Thursday, March 20, 2008

Bem-vindo !

Eu precisaria de dias mais longos pra dar conta de tudo que eu devo fazer desde o dia que virei mãe. Incrivelmente eu ando ocupada sempre. Nem na época que fazia estagio de manhã, ia pro trabalho de tarde e pra faculdade de noite eu me via assim tão atribulada. Primeiro foi a inexperiência, a amamentação constante, aprendendo e errando... dai viajamos, as primeiras papinhas, a primeira virose etc etc etc.

Por causa desse menino gostoso eu possuo a agenda sempre cheia... consultas, visitas, compras, alimentação, vacinas, teste disso e daquilo, atividades motoras, roupas e roupas pra lavar e passar e o dia acaba... E TUDO, simplesmente TUDO, é feito com um grande prazer ! Eu sou uma mãe muito atenta, observo tudo, prefiro sofrer por excesso do que por falta !

Nesse blog quero dividir experiências, achados, artigos, opiniões e tudo aquilo que descobri e descubro apos ter me tornado mãe.

Boa leitura, e prometo muitos posts informativos e uteis pras mamães e futuras mamães !

Saturday, March 8, 2008

Ser mãe: O grande aprendizado.

Mesmo levando em conta uma crise econômica, a instabilidade no emprego e a dificuldade de cuidar de um bebê recém-nascido, um belo dia, lúcidos e realistas nos deparamos com algo que denominamos DESEJO, desejo de engravidar.

A concepção só ocorre quando desejamos (consciente ou inconscientemente) um filho. E aí todos os receios e argumentos racionais que nos preocupavam acabam sendo atirados para o fundo de algum baú antigo...

E, finalmente, GRÁVIDA!!! Palavra pequena e esquisita para denominar uma realidade tão fantástica e incomparável!!! Medo, alegria, ansiedade, medo de novo...

E percebemos que metade do país também está a espera de um bebê, como se por um milagre as ruas da cidade ficassem povoadas de barrigas de todos os formatos e tamanhos... Despertando curiosidade, cumplicidade, simpatia e solidariedade....

Ser grávida é contar com todos os privilégios, todos se preocupam com seu conforto, seus desejos... o mundo de repente fica mais generoso e afetivo...

Você se surpreenderá com uma repentina dificuldade de concentração e falta de raciocínio lógico... (você não está enlouquecendo)...é a esperta "mãe natureza" te preparando para poder compreender emocionalmente o bebê que está a caminho...

Seu corpo, agora grávido, está mais ávido por amor e você percebe-se atacando inesperadamente seu companheiro... (diferente do que sua mãe havia contado)...

Sua sensibilidade ficará EXTREMAMENTE acentuada, o que quer dizer que chorará à toa... (a toa para os outros, é lógico)...

Sentirá alguns desconfortos com uma barriga que cresce continuamente, abrindo espaço para um pequeno bebê que insiste em fazer longas sessões de alongamento...

E dormirá tão rapidamente e com tanta frequência que muitas vezes não dará tempo de seu companheiro deitar na cama... (nada pessoal, você não poderá evitar)...

Seu umbigo sempre ficará aparente, independente da roupa que use....

Não se sentirá mais constrangida em frequentar banheiros públicos e privados...

E descobrirá que pode ir e voltar da sua cama ao banheiro inúmeras vezes durante a noite sem ao menos precisar abrir os olhos...

Usará todos os cremes e óleos que te indicarem para evitar a tão temida estria e ficará permanentemente escorregadia durante 9 meses...

Seu peito crescerá e continuará a crescer curiosamente, prepando-se para ser o provedor de alimento do nenê que chegarará faminto depois de sua cansativa jornada...

E finalmente quando ele chegar e você o segurar nos braços, descobrirá que tudo valeu a pena...

Reconhecerá nele o seu nariz ou sua boca e as sobrancelhas do seu companheiro...

Verá no fundo daqueles olhinhos abertos e atentos a possibilidade da continuidade, da renovação, da felicidade e principalmente da APRENDIZAGEM.Essa é sua grande missão!!!

Clarice Skalkowicz Jreissati
Psicóloga de casais e gestantes

Dani G. é mãe de Gabriël
24 horas por dia, 7 dias na semana.

Marcia H. é mãe de Clara
7 dias na semana, 24 horas por dia.


"Toda mulher que se permite ser mãe, da sua ou da carne alheia, descobre que o filho que depende do seu amor e da segurança que ela transmite, é o melhor presente que Deus lhe deu."