Monday, April 28, 2008

A tabuinha

Existem vários apetrechos totalmente desnecessários para os bebês. Já outros são absolutamente imprescindíveis para uma vida tranqüila. Ontem à tarde eu comentei com meu marido, que precisávamos de uma espécie de tábua com ventosas. Preciso explicar melhor, pois assim ninguém vai entender nada! A doçura do mundo inteiro, conhecida como minha filha, resolveu que, apesar de banguela, ela quer comer várias coisas em pedacinhos e sozinha. Até então não é nenhum problema, pois eu corto as frutas em micro-pedaços, mas se as coloco num prato, ela o levanta e o conteúdo acaba no chão. Deixando-me com dois efeitos adversos: Clara com fome e chão sujo.

Ao entrar numa loja de louças para comprar um presente para um casamento, me deparei exatamente com a tábua que eu procurava. Ela é de melamina, inquebrável, sem pvc, sem tantas outras químicas e com uns pés de plástico anti-derrapante. Agora a tábua fica na mesa e a comida encontra o destino certo! Existem vários desenhos, preferi o de princesa, cor de rosa e verde claro, para deixá-la de alto astral.


Você pensa antes de comprar algo para seu filho? Você acredita ter somente aquilo realmente necessário? Sabe que crianças estão sendo um grande impacto para o meio-ambiente?

Thursday, April 17, 2008

Porque é errado bater em crianças

Bater numa criança, mesmo que seja uma palmada será sempre um ato autoritário de alguém que está perdendo a autoridade. - Frase tirada do Blog Orientacaopsi.

Uma outra frase que eu li num livro, cujo título e autor eu esqueci, foi: Se quiser que seu filho lhe obedeça aos dezoito anos, comece a educá-lo quando ele nascer. E conversar é quase tudo o que você precisa para educar.

Clara ainda não tem 10 meses, mas tem vontade própria. Falando é quase impossível acreditar, mas essa menina fazia biquinho antes de chorar já aos 2 meses de idade. Agora, que ela está mobilizada (engatinhando) e forte, é ainda mais difícil segurá-la. Já vi uma mãe dando uma palmada num menino da idade de Clara.

Creio que apanhar, mesmo sendo só uma palmadinha, doí. Eu nunca apanhei, mas bastava minha mãe me olhar de soslaio para parar com qualquer coisa errada que eu estivesse fazendo. Sempre respeitei muito minha mamãe, amo-a e a amarei sempre. Espero saber fazer como ela e nunca bater em minha filha.

Eu sento e explico tudo para ela. Talvez ela entenda, talvez não. Mas eu não canso de falar e explicar-lhe as coisas da vida. Claro que é preciso ter paciência. Mas eu a coloquei no mundo para que ela viesse fazer o bem e para isso é preciso lhe dar carinho, educação e respeitá-la - sempre!


PORQUE É ERRADO BATER NAS CRIANÇAS


Aproveitando as comemorações da semana da criança, a Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul, acaba de lançar um relatório intitulado "PELO FIM DAS PUNIÇÕES ÀS CRIANÇAS", documento inédito em língua portuguesa que relata a experiência de 5 países europeus (Suécia, Noruega, Dinamarca, Finlândia e Áustria) que aprovaram leis específicas proibindo toda e qualquer punição física sobre as crianças. O relatório, resultado de um seminário ocorrido em Londres em 1992, apresenta a experiência européia contrastando a realidade de violência que ainda impera em várias nações do velho continente com a situação de respeito aos direitos da criança já alcançada em algumas regiões, destacadamente entre os países do norte da Europa.

Escolhemos este tema, em torno do qual realizamos um seminário específico com a participação de especialistas de várias disciplinas, dispostos a abrir em nosso estado um debate sobre a prática tão comum de pais e mães baterem em seus filhos. Trata-se, na verdade, de uma prática legitimada culturalmente não apenas no Brasil, mas na grande maioria das nações, cuja permanência e transmissão entre as gerações parece ser facilitada pela ausência de um processo de reflexão.

Não deixa de ser curioso que nossa cultura permita conduzir um adulto à prisão se ele tiver agredido fisicamente outro adulto e que, ao mesmo tempo, se entenda como "normal" ou legítimo que um adulto bata em uma criança - um ser frágil por definição que sequer pode se defender da agressão - contanto que ela esteja sob a sua guarda ou responsabilidade. Já possuímos leis até para preservar os animais da dor ou do sofrimento físico, mas há quem imagine que as crianças não necessitam desta proteção. Há mesmo quem esteja disposto a oferecer uma moldura "teórica" para aquilo que poderíamos chamar de uma "pedagogia da violência moderada". O que se depreende do relatório é que o hábito de bater nos filhos não lhes ensina nada além da aceitação da violência como um dado "natural". Crianças que apanham em casa tendem a se tornar agressivas nas suas relações com outras crianças, processo que estimula a formação de adultos mais aptos à assimilação de condutas também violentas. Estudos realizados junto às populações carcerárias na Europa, por exemplo, permitiram estabelecer uma relação entre presos considerados de "alta periculosidade" e a ocorrência de espancamentos na infância.

O que sustentamos é que bater nas crianças é simplesmente inaceitável para um padrão de civilização informado pelos Direitos Humanos. O que, obviamente, não se confunde com qualquer apelo em favor de uma educação permissiva. Educar - o sabemos - significa, também, impor limites. Resta saber se a imposição deliberada de dor ou sofrimento aos pequenos deve continuar sendo vista como um recurso pedagógico ou se, pelo contrário, trata-se de uma prática violenta que merece ser abolida como de resto toda e qualquer violência.

Marcos Rolim - 14/10/96

Friday, April 11, 2008

É incrível, mas quase todos os bebês se sentem tremendamente atraídos por tomadas. E isso é um perigo.

Desde que Clara começou a engatinhar, sua curiosidade triplicou. Eu já a chamava de mão-de-cola, pois tudo o que ela via, rapidamente passava sua mão e parava em sua boca. Agora ela virou a super-rápida mão-de-cola. Tenho que afastá-la de tomadas, fios, ciscos, controle remoto e telefones. Às vezes eu passo o dia inteiro tentando direcioná-la para um brinquedo ao invés da tomada. É uma luta constante. Mas proibir só não dá resultado, o melhor é lhe dar uma outra coisa interessante para brincar.

Um amigo levou um belo choque, apesar de ter obedecido a seus pais e nunca ter enfiado o dedo na tomada. Ele enfiou um grampo de cabelo, que ele achou no chão da casa! Talvez isso tenha influenciado sua escolha profissional, pois ele hoje é formado em Física.

Eu já comprei tapa-tomadas e coloquei em todas as tomadas da casa. Como dizia minha mãe: melhor prevenir do que remediar.

Achei algumas informações na internet:

Drauzio: - Quando começam a engatinhar, as crianças demonstram uma atração irresistível pelas tomadas elétricas e vire-e-mexe estão tentado enfiar os dedinhos nos buracos. Qual o risco que esses choques elétricos podem provocar?

Denise Katz: – Embora esses choques elétricos sejam fortes, intensos, a maioria deles não causa grandes complicações. No entanto, em bebês de 10kg, 11kg , podem provocar uma arritmia cardíaca grave, porque a corrente elétrica que entrou pelo dedinho colocado no buraco da tomada, passa não só pelo braço, mas também pelo coração. Ora, como nosso coração funciona às custas de estímulo elétrico, essa descarga extra de eletricidade pode provocar uma desorganização no batimento cardíaco conhecida como a arritmia, às vezes fatal, e a criança morrerá eletrocutada.

Drauzio: – Alguns pais não cobrem as tomadas achando que, se tomarem um choque, as crianças aprenderão a não colocar o dedo ali.
Denise Katz: – Essa é uma atitude muito errada. É muito mais fácil ensinar um cachorrinho que está sendo domesticado do que um bebê, que está descobrindo o mundo, a não fazer coisas que podem provocar acidentes. A única solução é afastá-lo do perigo. Por isso, as tomadas elétricas devem estar sempre vedadas. Não com fita crepe ou outra fita adesiva, porque ele vai lá, acha o brinquedo interessante, tira a fita e enfia o dedinho no buraco. É preciso bloquear as tomadas de forma a torná-las seguras.

Leia na íntegra no site de Draúzio Varella.

Wednesday, April 9, 2008

Juntando a fome com a vontade de comer !

Meu filho agora anda desejando comer tudo que eu como. Não posso comer nada na frente dele que ele faz um escândalo e quer tb. Ele acabou de fazer nove meses, e uma coisa que eu sou meio radical é com a alimentação dele. Agora aos nove meses estou aos poucos (lentameeente!) introduzindo a comida da familia pra ele, logico que sem muitos condimentos, como um cozido, carne moida, frango assado desfiado.

Não preciso ser nutricionista pra saber que nenhum bebê precisa de açucar ou sal. Nenhum bebê precisa de danoninhos, biscoitos recheados, refrigerantes, enlatados, balinhas e qualquer outra "guloseima" que "fazem a criança ser criança". Todos os nutrientes que os bebês precisam estão nas frutas, nas verduras e nas carne ! Além de tudo, sal e o açucar encobrem o sabor dos alimentos. Por isso, aqui em casa, a papinha da tarde é sem cereal com adição de açucar. Deixo o menino sentir o sabor verdadeiro da frutinha. E ele adora !

Sunday, April 6, 2008

Bundatinhando !

Meu filho fez nove meses ontem e ao invés de engatinhar ele bundatinha, isto é, se move pra cima e pra baixo sentado, usando o bumbum. A fisioterapeuta vira pra mim e diz: ah, mas eu quero que ele engatinhe. Fiquei com vontade de responder, e quem é vc pra querer que meu filho faça alguma coisa ? Mas, fingi que nem ouvi, ja que eu mesma não me importo se ele va engatinhar agora ou não. E, também não motivo para pressa... pq ele precisa engatinhar ja ?

E, nem todos os bebês engatinham. Eles podem muito bem aprender a andar sem passar pelo processo de engatinhar. Muitos se arrastam pelo chão de barriga, como meu filho também faz atualmente, mas não engatinham. Eh um programação pessoal. O engatinhar é importante pois faz parte da preparação dos grandes grupos musculares para a tarefa de ficar de pé e andar, mas isso não quer dizer que se deixar de engatinhar o bebê não estara preparado para andar.

Achei um texto interessante de uma pediatra:

Antes de conseguir engatinhar, os bebês passam por várias etapas de desenvolvimento motor: sustentam a cabeça, levantam seu tronco apoiado nas mãos, nadam (cabeça para trás estendendo as pernas), viram-se sozinhas, giram em círculos, arrastam-se para trás, engatinham para trás, balançam, sentam-se sem apoio, engatinham sobre as mãos e os pés, levantam-se agarrando em algo, sentam-se sem apoio, andam.

O ato de engatinhar vai permitir que o bebê se desloque para a frente, e obedece a uma seqüência: primeiro, ele apoia o corpo sobre os quatro membros, depois corre de quatro, em seguida fica em pé com ajuda, apoiada nos móveis e, finalmente, anda sozinho. Alguns bebês ao tentarem engatinhar o fazem: como caranguejos, de marcha a ré; de lado, usando a barriga; utilizando as mãos e a ponta dos pés, com as pernas estiradas; ou usando os joelhos e os pés. Em determinados momentos ele gira em círculos, estaciona, ou até mesmo se desloca para trás, contrariando o objetivo final do desenvolvimento, mas não deixando de atingi-lo, com o passar dos dias.

Essas habilidades dependem da maturação dos sistema nervoso e da aquisição de destrezas que, por sua vez, dependem da estimulação. Crianças normais começam a engatinhar entre os seis e dez meses; algumas queimam a etapa de andar de gatinhas e passam diretamente a andar. Interessante que as crianças que engatinham mais cedo costumam a demorar mais para andar.

Dani G. é mãe de Gabriël
24 horas por dia, 7 dias na semana.

Marcia H. é mãe de Clara
7 dias na semana, 24 horas por dia.


"Toda mulher que se permite ser mãe, da sua ou da carne alheia, descobre que o filho que depende do seu amor e da segurança que ela transmite, é o melhor presente que Deus lhe deu."